A BioConstrução ou Bioarquitetura é um conceito de arquitetura multidisciplinar cujo objetivo principal é manter o conforto dos moradores e preservar a sua saúde mediante o estudo do lugar (deteção de anomalias geológicas), uso de materiais salutares, respeito pela paisagem envolvente, uso de energias renováveis, aplicação de arquitetura solar passiva, entre outros.

Além disso, a bio-arquitetura prima por conceber a habitação como parte do ecossistema, respeitando e mantendo a conexão com a Terra e com o Céu. Esta conexão é extremamente importante para o nosso equilíbrio emocional.

“Bioarquitetura – qualidade e bem-estar na habitação (…) através da construção de casas bio-ecológicas (utilização criteriosa de materiais selecionados, garantia de uma boa orientação solar, recurso a tecnologias que evitem desperdícios de consumos ou instalação de tecnologias não poluentes para produção de energia e reutilização da água da chuva).”             

Contributos para um PLANO NACIONAL DE SAÚDE – Orientações estratégicas, Ministério da Saúde http://www.dgsaude.pt

As estratégias consideradas neste tipo de arquitetura são capazes de garantir mais eficiência energética (exemplo: um edifício bioclimático pode consumir 10 vezes menos energia em aquecimento do que um edifício convencional), conforto ambiental e sustentabilidade bem acima da construção convencional. Estas constituem um conjunto de regras ou medidas de carácter geral que influenciam a forma do edifício, bem como os seus processos, sistemas e componentes construtivos.

Um número enorme de soluções solares passivas podem ser incorporadas nos edifícios novos ou a reabilitar a custo reduzido. O custo adicional de um edifício bioclimático ronda os 3-5% para edifícios novos. Nos casos de reabilitação, este custo pode subir um pouco, mas será amortizado em poucos anos, pelo que, mesmo em termos económicos, os edifícios BioClimáticos são compensadores.